sábado, 26 de novembro de 2011

COMO RESOLVER A FALTA DE GARRA DOS EXECUTIVOS?

Habilidades como audácia, perseverança, proatividade e resiliência fazem a diferença entre um bom e um mau CEO. Porém, o que se percebe é que, atualmente, essas capacidades são raras entre os executivos. Por outro lado, as faculdades também não exploram  o desenvolvimento dessas qualidades nos futuros administradores que, por sua vez, entram em empresas de baixa autonomia decisória.

Para avaliar as causas desse fenômeno e descobrir formas de como as universidades podem contribuir para aumentar a “garra” dos executivos, houve reunião , recentemente, com jornalistas, recrutadores e outros profissionais que lidam com  esses gestores desde o início da entrada deles no mercado de trabalho. Durante o  encontro, foi possível identificar que essa desmotivação é característica de jovens  executivos do sexo masculino, que são a maioria no mercado, e que esse fato poderia ter origem na famosa “superproteção”  dos pais. Essa proteção os teria privado das oportunidades de confrontação sem regras nas quais os jovens medem as suas forças e adquirem segurança em si mesmo.  Assim, falta a esses jovens a coragem para sair da “zona de conforto”, enfrentar novos desafios e dirigirem com convicção.

A proteção excessiva é o resultado, principalmente, do aumento da violência na sociedade aliado ao menor número de filhos por família. Mas esse zelo demasiado limita o desenvolvimento do jovem e propicia a formação de um adulto inseguro, pouco apto para liderar. 

O interessante é que essa garra é facilmente encontrada em jovens de outras classes sociais, que são obrigados a trabalhar desde muito cedo, a se socializar sem regras e a exercer diversas funções para garantir a sobrevivência. Contudo, eles não têm uma aprofundada qualificação técnica sobre gestão.

Portanto, uma solução viável seria a realização de um trabalho conjunto entre escolas de negócios e empresas para o treinamento e qualificação de profissionais de classes sociais menos favorecidas, gerando, além de uma inclusão social, um executivo mais firme e bem preparado.

Alfredo Behrens é professor na Faculdade FIA de Administração e Negócios e especialista em liderança corporativa.
Artigo publicado na revista eletrônica E-Zine Vendas em 26 de novembro de 2011

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