Meus amigos,
Antes de nos dedicarmos
inteiramente aos festejos do carnaval é bom, é muito bom ficarmos alertas aos
fenômenos econômicos que costumam
acontecer nessa ocasião. Alguns indícios já estão nos jornais como por exemplo:
aumento dos juros, queda do dólar, reajuste nos preços dos combustíveis e por
aí vai.
A inflação parece que voltou para
matar as saudades. Depois de tantos folguedos do governo anterior, o resultado não poderia ser outro.
Inteligentemente, o governo atual escolheu o menor dos índices para divulgação
da inflação de 2012 – 5,11% representada
pelo IPC/FIPE. Existem no entanto, outros
indicadores também medidos com bastante critérios e por institutos igualmente
idôneos que não receberam citação oficial, mas que demonstram números superiores ao
divulgado, por exemplo:
Índice
|
%
|
IGP-DI
|
8,11
|
INPC-IBGE
|
6,20
|
IPA-DI FGV
|
9,14
|
IPC-DI FGV
|
5,73
|
IPC-FIPE
|
5,11
|
INCC-DI FGV
|
7,12
|
Fonte: Secovi Rio
Para dar uma satisfação
da inflação à sociedade, como não poderia deixar de ser, o governo saiu à caça
as bruxas: primeiro para achar um culpado. Foi escolhido o pessoal do
abastecimento. Depois encontrar os vilões - arroz e feijão – cujos estoques baixos, aquém
dos limites admissíveis, pressionaram os
preços. Por exemplo, o preço do arroz
subiu em 2012, cerca de 34% e o feijão perto disso.
O governo, vem utilizando de manobras para manter os indicadores da
economia em níveis favoráveis, manobras
essas que se transformaram em perigosas armadilhas : crescimento do PIB baixo,
1,2% e inflação alta, 5,11%.
Os nossos vizinhos, que adotaram
políticas de controle mais severas, ostentam
uma situação econômica mais confortável, senão vejamos:
Países
|
Inflação
|
PIB
|
Chile
|
1,5%
|
5,4%
|
Colômbia
|
2,0%
|
3,6%
|
México
|
3,6%
|
4,0
|
|
|
|
Brasil
|
5,11
|
1,2%
|
|
|
|
Fonte: Jornal
das Dez,Globo News, Jornalista Carlos Alberto
Sadenberg, edição de 7/2/13
Considerando
apenas a inflação na análise de alguns países que foram atingidos fortemente
pela crise , exceto Japão, concluímos que
já se vislumbra sinais de recuperação como é visto no quadro abaixo:
Países
|
Inflação - %
|
Alemanha
|
1,7
|
Estados Unidos
|
1,7
|
Itália
|
2,4
|
França
|
1,5
|
|
|
Japão
|
- 0,1
|
Fonte: Revista do
Banco Central do Brasil,
Ed. 6/2/13
Divergências
de pensamento entre o Presidente do Banco Central e o Ministro da Fazenda estão
evidentes. Enquanto o primeiro faz previsões mais cautelosas e conservadoras
para o ano de 2013 quanto à inflação e ao crescimento do PIB, o segundo afirma
que está tudo sob controle e não há motivos para alarme. Esse é o perigo!
Existe um conjunto
de providências que podem ser tomadas pela equipe econômica para segurar essa
onda, por exemplo:
Elevação
de juro
Na cartilha clássica, inflação alta se combate com aumento da taxa básica de juro.
Na cartilha clássica, inflação alta se combate com aumento da taxa básica de juro.
A próxima reunião do BC que poderá elevar o
juro básico ocorrerá em 6 de março.
Política de Câmbio
Uma das causas da inflação mais alta é a elevação do dólar frente ao real, associada à percepção de que o BC havia definido um curto intervalo de flutuação. No primeiro sinal de alarme com a inflação, o dólar cedeu. Uma elevação do IOF na entrada de dólar no país não está de todo descartada.
Política de Câmbio
Uma das causas da inflação mais alta é a elevação do dólar frente ao real, associada à percepção de que o BC havia definido um curto intervalo de flutuação. No primeiro sinal de alarme com a inflação, o dólar cedeu. Uma elevação do IOF na entrada de dólar no país não está de todo descartada.
Redução
de impostos
Está sendo cogitado uma possível redução ou até retirada de impostos sobre alimentos, especialmente os da cesta básica. Com menor tributação, o custo tenderia a cair, em tese. Há dúvidas, porém, se o repasse ao preço final estará garantido.
Está sendo cogitado uma possível redução ou até retirada de impostos sobre alimentos, especialmente os da cesta básica. Com menor tributação, o custo tenderia a cair, em tese. Há dúvidas, porém, se o repasse ao preço final estará garantido.
Energia
Elétrica
Quem não considera essa situação alarmante se baseia no fato de que, a partir de fevereiro, os índices de inflação deverão refletir a queda de 18% nas contas de luz residencial, além dos efeitos possíveis da redução da conta de energia elétrica das empresas, que pode significar menores preços de produtos.
Quem não considera essa situação alarmante se baseia no fato de que, a partir de fevereiro, os índices de inflação deverão refletir a queda de 18% nas contas de luz residencial, além dos efeitos possíveis da redução da conta de energia elétrica das empresas, que pode significar menores preços de produtos.
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