No ambiente empresarial vez por
outra surgem termos e expressões que ocupam as manchetes das principais
revistas especializadas e livros, e tornam-se
preocupações dos gestores em adotar ou não
as providências ali indicadas. Assim é que tivemos, entre outras, down size, TQC, CCQ, reengenharia, orçamento base zero e etc, etc.
Depois de um tempo isso cai em desuso com o surgimento de uma nova ideia
iluminada.
Assim, nos dias atuais, começamos a ouvir falar em “Gestão
Colaborativa”. Algumas grandes empresas, inclusive nacionais, já manifestam suas providências no sentido de
implantar a gestão colaborativa como forma de alavancar sua produtividade e
quiçá, seus resultados. O Professor Gary Hamel , da London School, é um
especialista em administração da atualidade e defensor desse modelo de gestão.
Ele acredita que é a melhor forma da empresa competir em um cenário adverso e
fornecer ao empregado à possibilidade de explorar suas potencialidades de modo
pleno. Acredita também que é um caminho sem volta, ou seja, a única forma de
empresas e profissionais sobreviverem em um ambiente econômico, cuja velocidade
de mudança é cada vez maior, com grande concorrência e renovação constante das
idéias.
Você deve estar perguntando: O
que é gestão colaborativa? Em resposta,
entendo que se trata da busca de talentos, oportunidades e ideias escondidos na
organização.
Outra providência que está vindo
a reboque da Gestão Colaborativa, e que já esteve em moda por certo tempo atrás, é o ambiente panorâmico,
sem paredes e salas privativas. A justificativa para derrubada das paredes é facilitar o processo de comunicação entre as
pessoas e com isso criar um clima favorável de colaboração entre todos
os empregados da organização.
Mas algumas questões
impertinentes me surgem, naturalmente em decorrência dos anos de trabalho nesse
meio e experimentação de vários modelos de gestão, por exemplo:
§ Os
empregados dos diversos setores e níveis
hierárquicos, dentro de uma empresa, confiam uns nos outros a ponto de
manifestar disposição de colaboração entre si?
§ Ou
será que eles escondem as informações, acreditando que isso pode significar poder?
§ Os
modelos de avaliação de desempenho vigentes, de modo geral, privilegiam e
algumas vezes premiam o desempenho
individual. Como será tratada a ação colaborativa dentro da empresa e avaliado
os resultados individuais?
§ Será
que os resultados individuais serão relegados a um segundo plano em favor dos
resultados coletivos?
§ Os
objetivos empresariais serão alinhados para todos ou permanecerão individuais e
estabelecidos por gerências ou departamentos?
§ Será
que o fato de não haver paredes entre um departamento e outro promoverá uma
ação colaborativa maior entre os
funcionários. Por exemplo, a unidade de
produção que solicita aumento de efetivo e o RH, com a meta de redução do efetivo, desenvolverão colaboração
maior?
Imagino que o viés cultural na
gestão colaborativa, será o maior problema
para resolução das questões acima
formuladas.
Antes de qualquer ação da empresa
no sentido de adotar o modelo de gestão colaborativa, algumas providências
deverão ser tomadas como pré-requesito, por exemplo, desenvolvimento de um
sistema de metas e premiações, com a visão da gestão colaborativa; outra questão diz
respeito ao alinhamento dos objetivos da empresa entre os departamentos. Deverá
haver novas descrições de cargos e definições de atribuições privilegiando a
ação colaborativa entre os cargos; deverá ser desenvolvido um novo sistema de
treinamento de funcionários onde seja exercitada a pro atividade e o
desenvolvimento de habilidades de buscar soluções ao invés de apontar
problemas.
Apesar dessas questões todas,
penso tratar-se de um modelo de gestão que será imperativo para o êxito das
empresas desse novo século.
Nielsen Freire da Silva
23/outubro/2012
Bom dia
ResponderExcluirO texto é coerente mostra seu interesse e conhecimento. Realmente termos novos surgem a todo momento e repete-se as vezes sem saber exatamente o que querem dizer.Modismo talvez.
Gestão colaborativa e treinamento de funcionarios ,enfim, todo conteudo de seu texto mostra o profissional inserido na gestao de pessoas e sabendo sempre o que está ocorrendo nas empesas que afeta o homem como parte do processo evolutivo dessa mesma empresa.